E de repente bateu de relance,
O lírio desse suposto nácar
E veio ao meu alcance
A pureza desse aljôfar.
Num atraso do vendaval
Duma questão mal respondida
enterrada no quintal
E de calúnia interrompida
Tal desejo sublime
Envaidece os raios de distreza
Ainda que passa, exprime
O que restou da beleza
E se não bastasse essa tristeza
Vem, o prenúncio da negação
Que julga o fel da correnteza
Porém, afeta e leva a razão
E a cada entardecer,
Só resta o restar...
Não há o que fazer
Para essa saudade passar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário