De tais longínquas estradas
Entre as canoas simplórias
com sombras exaladas
Murmura o som das memórias
Sob as madeixas do rio
Paira um luar enfeitado
Perto do solo que uniu
Aquilo que já está separado
E se conta por aí
Um causo inventado
Contam o que não vi
Mas firmam o predicado
São lendas de tesouros e sereias
De maldição e encantamentos
E tudo se alheia
Mas, se esvai do pensamento
Em desordem, através do costume
Desenvolve-se a tradição
O fato do povo que assume
E não se perde, em meio ao vão.
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